Um monstro refém das insónias

Uma sombra que não dorme e fez de si um alvo de sedução e agressões

Alguém que acedeu aos seus dados pessoais

Uma transtornada, sem respeito pelas regras do privado e do convívio social

Uma histeria epilética a ameaçar-lhe vida e obra

Sufocada pelos vómitos de uma linguagem escatológica

Uma sonâmbula incestuosa gangrenada por traumas religiosos

Uma obcecada com imagens revoltantes e fantasmas sexuais com o próprio filho

Uma besta que lhe espezinha os afetos, contactos e hábitos

Um caso anormal, que lhe invade as amizades, envia emails em seu nomes e está, ano após ano, a pensar permanentemente em si

Uma mente perversa apostada em envenenar-lhe a existência

O diário de uma sedução falhada mergulhada no crime

Um ser disforme mascarado pela capa diária da normalidade

Um problema de saúde pública, avidamente ao seu lado, apenas à espera da noite, para voltar a atacar

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sexta-feira, 22 de julho de 2016

Julho de 2016: Projeto "Care", da APAV, pela defesa das crianças em risco






PROJETO CARE


"Confirma-se a tendência de a violência sexual contra menores ser cometida em contexto intrafamiliar (67%)", afirma o documento, sublinhando que, em 57,5% dos casos, os jovens foram alvo de vitimação continuada.


No primeiro semestre, foram identificados 110 agressores, a maioria (93%) homens, 29% com idades entre 35 e 50 anos.


O abuso sexual representou o maior número de casos (66), havendo ainda nove situações de abuso sexual de menor dependente, nove casos de atos sexuais com adolescentes, oito de importunação sexual, cinco de coação sexual, três de violação, dois por recursos à prostituição de menores, dois por lenocínio de menores e um de pornografia de menores.


Mais de metade dos casos (52,4%) ocorreu na região centro e distrito de Setúbal, 33% na região norte e 11,7% nos distritos de Évora, Beja e Faro".

quinta-feira, 21 de julho de 2016

21 de julho de 2016, apresentação do Projeto "Care", na Fundação Calouste Gulbenkian: o relatório das perturbações da líbido e da afetividade que levaram ao abuso em família de muitos menores, de ambos os sexos





Desde o início do ano, a Associação de Apoio à Vítima (APAV) está a acompanhar uma centena de crianças vítimas de abuso sexual: 28,2% das crianças apoiadas são filhos ou filhas do autor ou autora dos crimes, 23,3% enteados ou enteadas e 9,7% sobrinhos. Metade dos crimes foram cometidos por familiares.

"Mães e pais perversos, pessoas perturbadas. Madrastas e padrastos, tios. Acontece tudo isso", descreve, a respeito dos agressores, Bruno Brito, gestor da rede Care, criada para ajudar vítimas menores de abusos sexuais, ativa desde o início do ano e que hoje divulga o balanço do trabalho desenvolvido em Lisboa. "Estes crimes acontecem em famílias de todos os estratos sociais".

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