Um monstro refém das insónias

Uma sombra que não dorme e fez de si um alvo de sedução e agressões

Alguém que acedeu aos seus dados pessoais

Uma transtornada, sem respeito pelas regras do privado e do convívio social

Uma histeria epilética a ameaçar-lhe vida e obra

Sufocada pelos vómitos de uma linguagem escatológica

Uma sonâmbula incestuosa gangrenada por traumas religiosos

Uma obcecada com imagens revoltantes e fantasmas sexuais com o próprio filho

Uma besta que lhe espezinha os afetos, contactos e hábitos

Um caso anormal, que lhe invade as amizades, envia emails em seu nomes e está, ano após ano, a pensar permanentemente em si

Uma mente perversa apostada em envenenar-lhe a existência

O diário de uma sedução falhada mergulhada no crime

Um ser disforme mascarado pela capa diária da normalidade

Um problema de saúde pública, avidamente ao seu lado, apenas à espera da noite, para voltar a atacar

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Perseguição, chantagem e tentativa de extorsão levam à cadeia o carrasco da estilista Micaela Oliveira





"Segundo o tribunal, o arguido filho, então com 18 anos, começou por tratar de ganhar a confiança da estilista, apresentando-se como amigo da filha e manifestando-se "preocupado" com ela.

Mais tarde, terá começado a contactar, via SMS, Micaela Oliveira, ameaçando divulgar numa revista "imagens e vídeos comprometedores" da filha, alegadamente relacionados com consumo de estupefacientes. Para a não divulgação, o arguido exigiu, com mensagens "altamente intimidatórias", 24 mil euros".


quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Brejos do Assa: satanismo, "seitas religiosas", pedofilia e abuso de menores culminam numa sentença de 23 anos de prisão do seu dirigente



Cyberstalking: como um dos rostos da Civilização se pode tornar num dos instrumentos da Barbárie


" Quando se fechava no quarto com crianças, afixava uma folha A4 na porta: “Não interromper, processo espiritual a decorrer.” E ninguém se atrevia a abri-la com receio de ser alvo de represálias. Uns saberiam o que se passava lá dentro e não se importavam, outros simplesmente preferiam não pensar no assunto. As vítimas, entre os cinco e os quinze anos, eram “purificadas”, “libertadas de energias negativas” — Rui Pedro recusava-se a usar expressões terrenas como violação ou pedofilia — e não raras vezes oferecidas aos cúmplices numa espécie de ritual falsamente religioso".

domingo, 10 de dezembro de 2017

"Meninos com medo", um roteiro das crianças perseguidas pelo abuso e pela violência


   
"Com a idade que tinha, ela não sabia o que se passava entre um homem e uma mulher, interrogando-se sobre os ruídos que em certas noites saiam do quarto da mãe e do padrasto. Foi o medo e a dor que a despertaram, enquanto ele a possuía, ofegante, ameaçador, sussurrando-lhe “se abres a boca, mato-te”. Até que parou e se afastou, tão silenciosamente como chegara. Ela continuou deitada, amedrontada, dorida, sangrando, sentindo um líquido morno e de cheiro enjoativo a correr-lhe entre as pernas. Já não conseguiu dormir".

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