"Piñuel, que passou os últimos 25 anos a avaliar e a tratar casos de vítimas de psicopatas integrados, quer alertar as pessoas para o facto de estas personagens narcisistas, mentirosas e manipuladoras estarem entre nós: segundo o especialista, podem ser os nossos vizinhos, amigos e até companheiros. Através de uma linguagem assertiva e um tanto ou quanto alarmista, o também conferencista explica ao Observador que o psicopata integrado não tem sentimentos ou remorsos, é frio e eficaz quando a depredar uma vítima, além de usar a sedução para se aproximar das pessoas que lhe interessam.
O assunto é, para Iñaki Piñuel, muito sério, tão sério que o especialista defende que a única solução para as vítimas destes predadores é o afastamento total, uma vez que, não sendo doentes mentais, os psicopatas não têm cura: “A única opção é sair. Não se trata de uma doença clínica e o problema não tem tratamento: a terapia funciona ao contrário, com o psicopata a aprender muitas coisas novas para manipular mais e melhor as suas vítimas. Eles, os psicopatas, não têm moral, não têm consciência. E não têm a capacidade de sentir compaixão pelas suas vítimas.”
Como o Nelson Morais muito assertivamente descreve no "Jornal de Notícias": "Primeiro, há uma "fase afável", com convites para ele a visitar em casa. Luís não foi a Gaia: foi ela a Lisboa. "Estivemos duas horas numa esplanada no Oriente, até ela apanhar o comboio". A seguir, "duas ou três mensagens estranhas", e uma pergunta: "Amas-me?" A resposta dececionou e teve réplica: "Acabei de te entregar nas mãos de Deus". Luís e a tal mulher, ex-cooperante do Opus Dei que tem uma escrita sarcástica e "conhecimentos informáticos acima da média", nunca mais dialogaram. Mas alguém passou a perseguir e a atacar Luís em inúmeros sítios da Internet, sobretudo blogues, investindo também contra pessoas e instituições próximas dele".
ResponderEliminarE isto foi apenas o início: tudo o resto está nas mãos do Ministério Público :-/
Neste caso específico, de uma pessoa a quem nunca foi transmitido nenhum sinal emocional para além da cortesia e da afabilidade que deve gerir as dinâmicas de convívio, a coisa torna-se mais complexa. A zona patológica da construção da relação deu-se quando declarou que "lia" (!) mensagens subliminares de interesse, ou cifras numerológicas nos nomes das imagens, ao passar com o botão direito do rato... Ninguém está livre de se tornar alvo de uma distorsão destas da realidade, ou seja, o livro de Piñuel versa uma relação partilhada, onde um dos participantes é um psicopata, mas está por escrever o livro onde o psicopata forja a relação com o seu alvo, que, mesmo sem perceber o que se está a passar, é depois vítima de todos os processos de vingança da agressora. A coisa seria extraordinária, se não tivesse enveredado pelo crime, como enveredou, o que a tornou ainda mais temível e testemunhal.
ResponderEliminarEstamos a aguardar a conclusão judicial